domingo, 24 de maio de 2009

Recordo



Saudade sábia

Muro de musgo cimentado à pele
quais pombas degoladas nos beirais.
Era o tempo do corpo bicho célere
sôfrego de água por entre os rosais.


memória da saliva e seus arreios
de corcéis as patas são aladas
de um cio ganhado no suor dos seios.


Guelras biscoitos beijos no jardim
- de carne viva nutre-se o segredo.
E as cruéis questões: «Tu gostas de mim?»

retratos mordiscados quase a medo
sexinas que se afagam com receio
que o cavalo nos dentes leve o freio...

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