Numa fase de delírio em que dizia saber o que pensavas disse decerto mais do que devia e o desejo que por vezes sinto por ti. Mas isso nada é perante a confiança que penso termos um no outro. Assim, é mais, transcendemos algo. Noutra vida talvez nos juntemos de corpo e alma e o que sei do meu renascer possa igualar o que sabes renascida. Porque sinto que já nascemos antes muitas vezes e a tua alma conectada à minha.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Soltar a Criança

Disseram para deixar
Sair a criança em mim
Mas tanto tempo fechada
Que agora enfim
A pouco e pouco
Se desacobarda
E vence a timidez
São tantas as paixões
E iguais pesadelos
Que só aos bochechos
Pouco conexas por vezes
Saltam as palavras
Atravessadas.
Sair a criança em mim
Mas tanto tempo fechada
Que agora enfim
A pouco e pouco
Se desacobarda
E vence a timidez
São tantas as paixões
E iguais pesadelos
Que só aos bochechos
Pouco conexas por vezes
Saltam as palavras
Atravessadas.
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segunda-feira, 31 de maio de 2010
Ode Ligeira ao Mar
Ando há dias
a pensar
nas mulheres
de olhos azuis
que conheci
neles procuro o mar
que me acolhe
e acalma.
Era muito bem capaz
de entregar a minha alma
ao azul de uns olhos
doces
e ficar nessa praia,
a descansar,
até que o sol fugisse
no horizonte.
a pensar
nas mulheres
de olhos azuis
que conheci
neles procuro o mar
que me acolhe
e acalma.
Era muito bem capaz
de entregar a minha alma
ao azul de uns olhos
doces
e ficar nessa praia,
a descansar,
até que o sol fugisse
no horizonte.
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sol horizonte azul mar olhos antónia marilia
domingo, 30 de maio de 2010
Ontem...
Ontem estavas próxima
caminhando devagar.
São engraçadas as tua mãos
quando repousam na cintura fina
desafiadores os teus cabelos
e perigoso o teu olhar.
Hoje desejei contigo
momentos cósmicos.
caminhando devagar.
São engraçadas as tua mãos
quando repousam na cintura fina
desafiadores os teus cabelos
e perigoso o teu olhar.
Hoje desejei contigo
momentos cósmicos.
Nunca te direi E.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Se...
Se não fosse
um poeta moribundo
contruia de palavras
uma estátua
daqui de baixo
ao topo do mundo,
palavras doces e sérias
que me levassem da mágoa
o sal do mar
em que por vezes
me afundo.
Depois, mas só depois
talvez fosse capaz
de pousar em teus seios
meus olhos cansados
e cantar o teu corpo
num dedilhar lento
de fado alegre e vadio,
com tua alma preenchendo
o meu vazio.
um poeta moribundo
contruia de palavras
uma estátua
daqui de baixo
ao topo do mundo,
palavras doces e sérias
que me levassem da mágoa
o sal do mar
em que por vezes
me afundo.
Depois, mas só depois
talvez fosse capaz
de pousar em teus seios
meus olhos cansados
e cantar o teu corpo
num dedilhar lento
de fado alegre e vadio,
com tua alma preenchendo
o meu vazio.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Primeiro Amor
"Primeiro Amor", de Ivan Sergueievitch Turgueniev, um livro que continha 3 histórias estúpidas, no sentido de Fernando Pessoa. Esse e a "Virgem de 18 Quilates" de Pitigrilli - são dois livros inesquecíveis da minha adolescência e nos quais, ao pensar, me sinto sempre o jovem romântico e poeta, o mesmo cujo primeiro amor, não Melita mas Madalena, foi recheado de cartas estúpidas.
Ambos tinham sido emprestados por um romântico inveterado, o João Amaral, colega de Residência Universitária. Com ele fui aos primeiros concertos e bares em Lisboa, por entre as ruelas e escadas da Lapa e Madragoa.
Procurei a Melita de Pitigrilli, o livro, durante dois anos nas feiras dos livros, até um dia descobrir a editora, percorrer um corredor e apanhar uma senhora de dedo apontado com uma expressão de – Ah, Pitigrilli!
Ofereci alguns exemplares e tive que voltar a buscar os mesmos nos alfarrabistas, de forma a não me perder desses pontos de referência e não aniquilar o jovem romântico.
Ambos tinham sido emprestados por um romântico inveterado, o João Amaral, colega de Residência Universitária. Com ele fui aos primeiros concertos e bares em Lisboa, por entre as ruelas e escadas da Lapa e Madragoa.
Procurei a Melita de Pitigrilli, o livro, durante dois anos nas feiras dos livros, até um dia descobrir a editora, percorrer um corredor e apanhar uma senhora de dedo apontado com uma expressão de – Ah, Pitigrilli!
Ofereci alguns exemplares e tive que voltar a buscar os mesmos nos alfarrabistas, de forma a não me perder desses pontos de referência e não aniquilar o jovem romântico.
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