segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ode Ligeira ao Mar

Ando há dias
a pensar
nas mulheres
de olhos azuis
que conheci
neles procuro o mar
que me acolhe
e acalma.
Era muito bem capaz
de entregar a minha alma
ao azul de uns olhos
doces
e ficar nessa praia,
a descansar,
até que o sol fugisse
no horizonte.

domingo, 30 de maio de 2010

Ontem...

Ontem estavas próxima
caminhando devagar.
São engraçadas as tua mãos
quando repousam na cintura fina
desafiadores os teus cabelos
e perigoso o teu olhar.
Hoje desejei contigo
momentos cósmicos.

Nunca te direi E.



Nunca te direi
que há muito te observo
e vejo o tempo
passar no teu rosto
à medida que a vida
de ti escorre.
Conheço o recorte
do teu corpo
e sinto-o em olhares
rápidos e fugazes
momentos que nunca
farão parte desta vida.
Saboreio pois a ideia
do teu sabor
nos meus lábios
em sonhos ébrios.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Se...

Se não fosse
um poeta moribundo
contruia de palavras
uma estátua
daqui de baixo
ao topo do mundo,
palavras doces e sérias
que me levassem da mágoa
o sal do mar
em que por vezes
me afundo.
Depois, mas só depois
talvez fosse capaz
de pousar em teus seios
meus olhos cansados
e cantar o teu corpo
num dedilhar lento
de fado alegre e vadio,
com tua alma preenchendo
o meu vazio.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Primeiro Amor

"Primeiro Amor", de Ivan Sergueievitch Turgueniev, um livro que continha 3 histórias estúpidas, no sentido de Fernando Pessoa. Esse e a "Virgem de 18 Quilates" de Pitigrilli - são dois livros inesquecíveis da minha adolescência e nos quais, ao pensar, me sinto sempre o jovem romântico e poeta, o mesmo cujo primeiro amor, não Melita mas Madalena, foi recheado de cartas estúpidas.
Ambos tinham sido emprestados por um romântico inveterado, o João Amaral, colega de Residência Universitária. Com ele fui aos primeiros concertos e bares em Lisboa, por entre as ruelas e escadas da Lapa e Madragoa.
Procurei a Melita de Pitigrilli, o livro, durante dois anos nas feiras dos livros, até um dia descobrir a editora, percorrer um corredor e apanhar uma senhora de dedo apontado com uma expressão de – Ah, Pitigrilli!
Ofereci alguns exemplares e tive que voltar a buscar os mesmos nos alfarrabistas, de forma a não me perder desses pontos de referência e não aniquilar o jovem romântico.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Como me Vejo




E agora, que me vejo como me vês
Mesmo que não seja o novo eu
sinto a angustia que sentias
sinto parte da solidão que foi tua
E Ligeiramente só vejo
Um dia de cada vez

Não quero perder a tua mão
Não quero que a minha se perca da tua
Sinto-te perdida e quero dar-te a minha
Sinto-me perdido e quero ter a tua

Ponho tudo num simples beijo
leve como o vento
e digo-te enquanto dormes
que te Amo
para não te sobressaltar
com este meu desejo

terça-feira, 2 de junho de 2009

Como um rio



Love me like a river does
Cross the sea
Love me like a river does
Endlessly
Love me like a river does
Baby don’t rush you’re no waterfall
Love me that is all
Love me like a roaring sea
Swirls about
Love me like a roaring sea
Wash me out
Love me like a roaring sea
Baby don’t rush you’re no waterfall
Love me that is all
Love me like the earth itself
Spins around
Love me like the earth itself
Sky above below the ground
Love me like the earth itself
Baby don’t rush you’re no waterfall
Love me that is all