quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Olhares

Gosto de olhares fugazes
com desconhecidas
fazem sempre sentir
a ligação à matriz quântica

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Parece que se cruzam T

Parece que se cruzam
As nossas vidas
No areal
Continuas Linda
como quando
num impulso de loucura
te beijei a testa.
Não esqueces-te
E foste das poucas
A iluminar alguns uivos
De dor.
Quem dera que estejas
com a mesma sensação
e te perguntes
o que trará o futuro.
Quem dera que os teus olhos
brilhassem como os meus,
quando te vejo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Aos Amigos

Àqueles que
nos trazem
nas horas turvas
um alento,
nos dias cinzentos,
um pouco de luz,
só devolvendo
o agradecimento
de preencherem
um espaço
cá dentro
mesmo ao lado
da válvula
mitral

Mais uma vez o Mar

Basta o ouvir o mar:
faz-nos sentir parte de algo grande
e dá descanso á alma.
Vê-lo, sentir, grokar
a sua profundidade
preenche n espaços
semi-vazios
da nossa própria
imensidão.

sábado, 7 de agosto de 2010

Como um Anjo

Novas e maduras
Altas e baixas
Largas e estreitas
Louras e morenas
Encaracolado e estendido
Olhos grandes e pequenos
Expressivas e indeléveis
Proporcionadas e marcantes
Peitos lisos e salientes
Saias e calça
Rabo proeminente e raso
Pernas delgadas e grossas
direitas e inclinadas
enfim...
mil mares de chamas
infernais
dos quais hoje fujo,
observando apenas
como um Anjo.
E não sei por quanto tempo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Delírio C

Numa fase de delírio em que dizia saber o que pensavas disse decerto mais do que devia e o desejo que por vezes sinto por ti. Mas isso nada é perante a confiança que penso termos um no outro. Assim, é mais, transcendemos algo. Noutra vida talvez nos juntemos de corpo e alma e o que sei do meu renascer possa igualar o que sabes renascida. Porque sinto que já nascemos antes muitas vezes e a tua alma conectada à minha.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Soltar a Criança


Disseram para deixar
Sair a criança em mim
Mas tanto tempo fechada
Que agora enfim
A pouco e pouco
Se desacobarda
E vence a timidez
São tantas as paixões
E iguais pesadelos
Que só aos bochechos
Pouco conexas por vezes
Saltam as palavras
Atravessadas.